Tragédias Humanas
Tragédias Ambientais
Tragédias Ecoambientais
Tragédias Ecossociais
Tragédias Biológicas
Tragédias Ecológicas
Tragédias Extrativistas
Tragédias Políticas
Tragédias Éticas
Tragédias Ideológicas
Tragédias Governamentais
Tragédias Educacionais
Tragédias …
Todas estas tragédias – e muitas outras mais – são catastróficas. As tragédias acontecem cada vez mais intensas e frequentes por planos, projetos, obras, ações e pela ganância possessiva de bens e capital sem limites de alguns seres humanos. Vivemos um ecocídio cotidiano. Na sua essência, as tragédias são destruidoras da vida das espécies animais – da própria espécie humana – e das espécies florais. Vivemos no Brasil – e no mundo – sob o comando e mando da atual onda devassaladora do populismo da extrema direita. Vivemos no mundo cada vez mais globalizado, mais cheio de fronteiras intransponíveis.
No Brasil, o mais triste e desolador é ver, a cada dia, o atual governo substituir a pedagogia do diálogo civil e consciente pela pedagogia militar da ordem, impostora e autoritária. Escutamos na mídia televisiva e eletrônica os gritos: “Direita volver! Marcha!”! Assim, a escalada do autoritarismo se dá com o enfraquecimento mortal de instituições democráticas críticas. As crises das democracias tradicionais, cada vez mais intensas, geram e gestam riscos mortais à democracias representativas globalizadas e impedem a gestação das democracias vivas, substantivas, participativas.
A pedagogia autoritária do governo Bolsonaro a cada dia adquire mais feições militares. Assim, essa pedagogia militar consolida sua hegemonia política de governo com 7 ministros militares e 45 assessores militares e ex-militares, além do próprio presidente Bolsonaro de autêntica e rigorosa formação militar e do vice presidente Mourão, um general. Por conta desta feição, o governo Bolsonaro não permite “reflexão”, só exige flexão. Os comandantes só emitem ordens. Não fazem propostas de programas. O princípio supremo – e único – da pedagogia militar é: cabe aos comandantes superiores dar ordens inquestionáveis e cabe aos súditos cumprir as ordens em obediência tácita, sem discordar, sem divergir, sem opinar, sem criticar. Portanto, na pedagogia militar não há lugar, vez, possibilidade de ousar, de criar, de inventar o novo e diferente, o original, o melhor. Em contraposição à pedagogia do diálogo, a pedagogia militar autoritária não permite a conversa dialógica.
Vimos e assistimos inconformados estes absurdos desde a campanha. O então candidato Bolsonaro, em ato de encenação teatral ao vivo, recebeu uma facada para não participar de debates na televisão ao vivo e não responder a perguntas dos adversários e dos jornalistas. Acontece que o debate público de candidatos à presidente da República exige conhecimento. O diálogo, por sua vez, exige argumentação, portanto, conhecimento. Riqueza que não pode faltar a um presidente do Brasil. Somente ao Bolsonaro.
O fato mais cabal da falta de conhecimento e de argumentos, visto e testemunhado pelo mundo inteiro, foi não comparecer à entrevista marcada para a imprensa universal, dias atrás, em Davos, por Bolsonaro. Nem ele, nem os seus assessores compareceram. Uma vergonha mundial. Dizem que foi o medo da bolsa romper e derramar o material do baixo corporal. Seria uma indecência malcheirosa. Indecentes, mesmo, são as palavras faladas de improviso.
Professor, pesquisador, escritor
José Kuiava é Doutor em Educação pela Faculdade de Educação da Unicamp (2012). Atualmente é professor efetivo- professor sênior da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Planejamento e Avaliação Educacional, atuando principalmente nos seguintes temas: autobiografias.inventário da produção acadêmica., corporeidade. ética e estética, seriedade, linguagem, literatura e ciências e riso.
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