“Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino, quando cheguei a ser homem, desisti das coisas de menino” (Amor é o dom supremo)
Tem o tempo de plantar, e o de colher.
Tem o tempo de amar, e o de morrer.
Tem o tempo de guardar, e o de saber.
Tem o tempo de ninar, e o de renascer.
Tem o tempo do abortar, e o de querer.
Tem o tempo de ousar, e o de crescer.
Tem o tempo de escutar, e o de fazer.
Tem o tempo de gozar, e o de merecer.
Tem o tempo de calar, e o de escrever.
Há tempos imprevistos
como há pessoas indispensáveis;
No entanto, não há para o amor registro
em horas incalculáveis.
O amor tem o tempo do quando, que o ainda
enobrece.
O amor tem o gosto do quando, que de tanto,
prevalece.
(Fabrício César de Oliveira. O gosto do quando. São Carlos : Pedro&João Editores, 2011)
João Wanderley Geraldi é reconhecido pesquisador da linguística brasileira e formou gerações de professores em nosso país. Há já alguns anos iniciou esta carreira de cronista-blogueiro e foi juntando mais leitores e colaboradores. O nome de seu blog vem de sua obra mais importante, Portos de Passagem, um verdadeiro marco em nossa Educação, ao lado de O texto na sala de aula, A aula como acontecimento, entre outros. Como pesquisador, é um dos mais reconhecidos intérpretes e divulgadores da Obra de Mikhail Bakhtin no Brasil, tendo publicado inúmeros livros e artigos sobre a teoria do autor russo.
Maravilhosos versos de Fabrício César de Oliveira para aqueles dias em que precisamos de ânimo e forças para lutar contra o fascismo e o fanatismo.