Na semana passada, gasolina e óleo diesel sofreram cinco aumentos!!! Consecutivamente. E até a categoria dos caminhoneiros que bate panelas e usou camisas amarelas, e que agora pagam o pato da Fiesp, enquanto os empresários, liderados por João Doria, viajam para os EEUU para ouvirem conferência do destruidor da economia brasileira, o juiz Sérgio Moro.
Mas Sérgio Moro não está sozinho cumprindo este desígnio de destruir a economia nacional em nome do combate à corrupção, que existe deslavada também no país que lhe deu ordens de destruição a troco de alguns convites para palestras e algumas plaquinhas de prata na sede do império.
Pedro Parente é um criminoso nesta guerra contra nossa economia. Este não em nome do combate à corrupção, mas por ideologia globalizada em que, segundo esta gente que está no governo, o país deve entrar na posição de subalterno e fornecedor de matéria prima.
E qual o crime? Ao assumir a presidência da Petrobrás, a primeira coisa que fez Pedro Parente foi reduzir drasticamente os investimentos da nossa petroleira; em segundo lugar, sentindo-se um homem do mundo e não do Brasil – que ele odeia e cujo povo prefere que viva na miséria – decidiu que plataformas, navios, tudo o que a Petrobrás precisa deve ser comprado no mercado internacional. Sabe, esta política petista de alavancar o desenvolvimento do país com a obrigação de sua petroleira comprar produtos aqui fabricados, isso é coisa do passado!!! Melhor termos aqui muito desemprego, desde que ajudemos os países ricos a sustentarem a economia mundial. Onde já se viu este paiseco de merda, segundo gente como Pedro Parente, querer ter indústria própria?
Mas fez mais o suposto e eficiente economista – ele pertence àquela equipe de ouro montada por Henrique Meirelles, este que quer ser presidente do país. Claro, uma equipe de ouro para os interesses das multinacionais e uma equipe de merda para o povo brasileiro. E que mais fez o Sr. Pedro Parente?
Pois reduziu a atividade de refino de petróleo no país! As nossas refinarias estão operando no mais baixo índice de sua história, ocupando apenas 77% de sua capacidade instalada! Não, não se trata de reduzir os investimentos para refinar o petróleo dentro do país, que isso ele fez com muito gosto, mas se trata de não deixar as refinarias trabalharem.
Como a produção de petróleo cru cresce, seríamos autossuficientes na produção de gasolina, caso continuasse a política de investimentos e caso o Sr. Parente (parente das petroleiras que nos exploram) permitisse que nossas refinarias operassem a 98% de sua capacidade instalada (mas isso é muito ruim para economia nacional, porque daria emprego a brasileiros e eles não merecem isso). E não me venham dizer que a Petrobrás não tinha mais capacidade de investimentos por causa dos desvios propinatórios!!! Afinal, o lucro da Petrobrás nos primeiros nove meses do ano passado foi de 5 bilhões!!!
Que fez o Sr. Parente: exportou o petróleo que nos abasteceria. E começamos a comprar gasolina do exterior… cada vez mais e sujeitos a todos os desequilíbrios do câmbio, razão apresentada para os aumentos, pela mesma diretoria da Petrobrás, sob a batuta deste inimigo da nação. Quem quiser dados veja em https://www.esmaelmorais.com.br/2018/05/aumento-dos-combustiveis-provoca-desemprego-nos-postos-de-gasolina/ e sobre a exportação de petróleo, veja em https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2018/02/01/petroleo-lidera-pauta-de-exportacoes-de-commodities-do-brasil-em-janeiro.htm?cmpid=copiaecola.
Batamos panelas e usemos camisas amarelas da seleção!!! Afinal, paneleiros e não paneleiros, chegamos ao que queriam… e já não adianta usarem faixas pedindo perdão à Dilma!!! Agora, temos todos que carregar os resultados do programa econômico apresentado por Aécio Neves na campanha de 2014… Não era o que queriam???
João Wanderley Geraldi é reconhecido pesquisador da linguística brasileira e formou gerações de professores em nosso país. Há já alguns anos iniciou esta carreira de cronista-blogueiro e foi juntando mais leitores e colaboradores. O nome de seu blog vem de sua obra mais importante, Portos de Passagem, um verdadeiro marco em nossa Educação, ao lado de O texto na sala de aula, A aula como acontecimento, entre outros. Como pesquisador, é um dos mais reconhecidos intérpretes e divulgadores da Obra de Mikhail Bakhtin no Brasil, tendo publicado inúmeros livros e artigos sobre a teoria do autor russo.
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