Há necessidade urgente de o FMI abrir uma linha de créditos a empresários profundamente neoliberais, isto é, aqueles que consideram ser obrigação do governo mínimo socorre-los nas crises, como ocorreu naquela que ainda corre, para a construção de câmaras.
Isto porque há um problema mundial que exige, segundo a diretora do FMI, Christine Lagarde, uma “solução final”. Desculpem o engano, nos termos da senhora Diretora, uma solução global, porque solução final foi o programa de Hitler contra od judeus quando percebeu que estava a perder a guerra. A solução global reclamada por Lagarde é para o problema da longevidade, pessoas gastando os orçamentos públicos com suas aposentadorias, prejudicando desta forma o necessário superavit para transferir os recursos na forma de juros aos honestos banqueiros.
Com o financiamento às câmaras, nossa queridíssima diretora, ao sair do FMI, poderá inaugurá-las como primeiro bom exemplo a ser dado, deixando-se assassinar como ela pretende que os líderes mundiais façam como solução para este excesso de gente velha gastando o rico dinheirinho que deve ser destinado aos honestos banqueiros.
Afinal, os verdes anos de Christine Lagarde já vão longe…
João Wanderley Geraldi é reconhecido pesquisador da linguística brasileira e formou gerações de professores em nosso país. Há já alguns anos iniciou esta carreira de cronista-blogueiro e foi juntando mais leitores e colaboradores. O nome de seu blog vem de sua obra mais importante, Portos de Passagem, um verdadeiro marco em nossa Educação, ao lado de O texto na sala de aula, A aula como acontecimento, entre outros. Como pesquisador, é um dos mais reconhecidos intérpretes e divulgadores da Obra de Mikhail Bakhtin no Brasil, tendo publicado inúmeros livros e artigos sobre a teoria do autor russo.
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