Neste dia do professor, peço licença para homenagear a Profa. ANA LÚCIA VIEIRA MENEZES, uma professora eternamente batalhadora. Conheci-a no ano de 1980. Logo, nos tornamos irmãos e assumi que sou o pai branco da minha Carol, filha sua.
Não foi minha professora, antes minha aluna, mas foi quem me ensinou a esperança e a necessidade da luta. Com ela aprendi, em 1981, um lema que necessariamente deveria estar no horizonte daqueles que trabalham com educação continuada: o necessário respeito ao saber-fazer do professor, a partir do qual uma caminhada outra se torna possível.
Pensar na Aninha, queiram ou não seus adversários – e os há às pencas – é também pensar no Sindicato dos Trabalhadore em Educação do Estado de Sergipe – SINTESE. Dentre os sindicatos, o mais combativo e preocupado também com as práticas pedagógicas.Como sócio honorário do Sintese, quero deixar aqui meu registro: uma homenagem àqueles combatentes que fazem o Sintese diuturnamente em sua sede e subsedes.
De uma publicação deste Sindicato, retiro versos de um poema do Prof. José dos Santos
Coração Socialista
Há uma mulher…
Ela é mariojorgeAna de sangue
e “poesia visceral” revolucionária,
paulofreireAna irretocável por convicção e amor à humanidade,
sitneseAna de raiz fundante,
“Professora sim”, por vocação e consciência crítica
Educadora Popular, “tia não”,
alma guerreira, resistente, valente e serena
lembra Zumbi de Palmares,
zelosa da coisa pública,
perfeita na busca de fazer chegar
ao POVO – seu verdadeiro dono –
na forma de políticas públicas
o que dele usurparam os assassinos
sanguessugas mafiosos coroneis
gauturamas corruptos e corruptores
“vigaristas pilantras” … lacaios das empresas
nacionais e multinacionais exploradores do POVO.
[…]
Humanista popular, jamais populista
muito menos assistencialista,
antes de tudo caminhante
amorosa solidária feito rosas e margaridas
que transforma lutas em canções
para mudara Aracaju, Sergipe, o Brasil e o mundo
para melhro, em mundos mais bonitos
que proporcionem ao POVO, concretametne
um futuro aqui e agora anunciador
de pão, paz e beleza farto.
[…]
Há uma mulher sicnera… e Professora
a quem devemos justiça, e reverência!
cujo nome é coerência
porque vai e vai mesmo, destemidamente
desanuviando rumos, diminuindo a distância
entre o que diz e faz!
(José dos Santos, Utopia Peregrina, Aracaju : Sintese)
João Wanderley Geraldi é reconhecido pesquisador da linguística brasileira e formou gerações de professores em nosso país. Há já alguns anos iniciou esta carreira de cronista-blogueiro e foi juntando mais leitores e colaboradores. O nome de seu blog vem de sua obra mais importante, Portos de Passagem, um verdadeiro marco em nossa Educação, ao lado de O texto na sala de aula, A aula como acontecimento, entre outros. Como pesquisador, é um dos mais reconhecidos intérpretes e divulgadores da Obra de Mikhail Bakhtin no Brasil, tendo publicado inúmeros livros e artigos sobre a teoria do autor russo.
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