por João Wanderley Geraldi | nov 30, 2016 | Blog
Esta terça-feira, 29.03.2016, foi um dia de amargar! Começou o dia com a notícia da queda do voo para Medelin transportando toda a comitiva do Chapecoense, além de outros passageiros.
Depois, um voo da Avianca faz um pouso forçado no aeroporto de Brasília, precisamente onde uma batalha campal entre manifestantes e polícia acontecia, inicialmente em frente ao Congresso nacional e depois ao longo do eixo monumental passando pelos ministérios, e chegando até a Rodoviária.
Acompanhei o noticiário na GloboNews. A BandNews praticamente ignorou a manifestação. Infelizmente, em termos técnicos, a rede Globo acaba mostrando mais.
Enquanto os manifestantes estavam no gramado, frente ao lago, Murilo Salviano transmitindo direto do local, dizia que este espaço foi sempre e tradicionalmente o lugar de manifestações. Aqui se realizaram os protestos de 2013; aqui se realizaram as manifestações pró-impeachment da presidente Dilma, aqui se realizaram as manifestações contra o impeachment. Isto significa: um lugar tradicional de manifestações da cidadania, sejam quais forem os pontos de vista defendidos pelos manifestantes.
Na reportagem, de repente, Murilo Salviano começa a mostrar fumaça ao lado direito da tela da TV! A polícia estava pretendendo dispersar a manifestação! Ao mesmo tempo, informava que entre os jornalistas circulava que estavam na manifestação mais ou menos 12 mil pessoas. Depois, a reportagem informou o número calculado pela polícia: 5 mil. Mas qualquer um que estivesse vendo a manifestação percebia que havia mais do que isso. Logo a polícia retificou o número, calculando em 10 mil (o dobro da estimativa inicial).
Acuados, os manifestantes corriam para a esquerda da tela da TV, como dizia alto e bom som Murilo Salviano. O repórter mostrava seu espanto e a falta de informações para a ação da polícia. Repetia que este era um lugar tradicional de manifestações. De repente, muda o discurso. Os manifestantes se tornaram vândalos, e a polícia somente revidava…
Realmente, provocados pela polícia, os manifestantes reagiram às bombas de gás lacrimogênio, chamadas de bombas de efeito moral e contra a ‘bombas’ de pimenta… A gente via o recuo da multidão. A polícia conseguiu em pouco tempo limpar o gramado! E os manifestantes passaram a recuar, pelo eixo monumental, para a Esplanada dos Ministérios. E aqui começou o vandalismo (porque organizar barricadas e colocar foco em material para atrasar o avanço da polícia – inclusive a polícia montada – é uma defesa e não vandalismo).
Mas nos prédios dos ministérios, ocorre vandalismo dos manifestantes. Havia diferentes bandeiras na manifestação, inclusive daqueles que foram para as ruas se manifestarem pelo impeachment de Dilma, que agora não queriam qualquer mudança nas dez propostas dos procuradores – alguns deles pediram pela internet atenção da população – de combate a corrupção. Ideologicamente, dois grupos distintos se encontraram numa mesma manifestação sem de fato haver confronto, embora a partir de certo momento Murilo Salviano falava em conflito entre manifestantes sem mostrar qualquer cena deste conflito.
Na verdade não importa se havia ou não conflito entre manifestantes. O que ficou muito claro, mesmo a GloboNews querendo esconder, quem começou o ataque foi a polícia! E prosseguiu atacando. Então apareceram os mascarados que praticaram vandalismos nos prédios dos ministérios… Mascarados segundo um funcionário do MEC que sofreu agressões.
Por que aparecem mascarados? Não querem ser identificados! Os mascarados tanto podem ser do grupo ideológico que defendeu o impeachment; como podem ser do grupo que reclamava contra a PEC do teto e contra a reforma do ensino médio, mas podem ser também infiltrados no movimento que querem a bagunça para justificar um novo golpe de estado. Afinal, os que pensam e querem isso invadiram a Câmara dos Deputados, sem que se saiba até agora de qualquer prisão apesar das filmagens diretas das caras destes manifestantes (estarão sendo protegidos?).
A verdade é que Brasília se tornou um campo de batalha. De um lado, pedras e o que tivesse para atirar: de outro lado, bem aparelhados, uma polícia que jogava bombas a torto e a direito. Em certo momento o repórter Murilo Salviano chegou a dizer que estavam atirando para machucar pois não faziam isso com qualquer cuidado.
Provavelmente o repórter recebeu um telefone em plena reportagem, e a partir deste telefonema, a linha de seu discurso informativo mudou por completo. Os manifestantes passaram a ser tratados simplesmente como vândalos: a polícia não atacava, só reagia com suas bombas… Um milagre aconteceu: trata-se da aposta de que o telespectador tenha memória de passarinho e não recorde o que disse o mesmo repórter uma meia hora antes! Um verdadeiro acinte ao telespectador.
Não sou favorável ao vandalismo. Não sou favorável à agressão policial contra manifestantes. E não sou favorável ao manuseio da informação segundo os interesses do veículo de informação que acaba, em reportagens ao vivo como foi o caso, desvelando a desinformação a que quer reduzir o povo brasileiro.
Expectador por acaso da GloboNews nesta tarde, confirmo minha prática: jamais assisto jornalismo televisivo da Rede Globo. Não dá para aguentar a manipulação descarada das notícias. A partir de agora, baterão sempre na tecla do vandalismo esquecendo que o originou de fato.
Para quem acompanhou esta transformação de Brasília em campo de batalha, a reação da polícia apenas está mostrando a que será reduzida a nação: a silenciosos e obsequiosos cidadãos que dizem amém. Se não o fizerem, levarão bombas de efeito moral. O efeito moral real é acabar com a possibilidade de movimentação social, exceto quando convocadas por procuradores, delegados de polícia e pelo MBL. Vamos ver como reagirá a polícia do distrito federal na manifestação convocada para o dia 04.12.2016 por estes novos “movimentos sociais” comprometidos com a manutenção do status quo ou de retrocesso social. A polícia será benigna, podem crer!
por João Wanderley Geraldi | nov 29, 2016 | Blog
Como dizem alguns, um chute nas partes baixas do Excelentíssimo Senhor Presidente Usurpador quebraria todos os dentes de Noblat, que se notabiliza por ser um colunista defensor do impeachment, e mais do que defensor de Michel Temer. Não se trata de um discurso proferido por uma servidão voluntária. É doutrinário. É paixão mesmo.
Nunca o leio. Mas hoje fui levado a ler sua crônica em função do título: “Mais um tropeço de Temer”. Bom, sempre que se diz “mais um” se diz que houve outros muitos… Claro que para Noblat, estes outros muitos são poucos! Para mim, só há tropeços desde sua entrada para a presidência, a partir de uma traição à presidente Dilma, com a qual foi eleito vice-presidente. Em tempos muito antigos, as chapas eram independentes… Vota-se para Presidente, e votava-se para vice! Mas não foi o caso de Temer… talvez se fossem chapas independentes, ele ainda assim poderia ter sido eleito, mas a julgar pelos fiascos das candidaturas à presidência do PMDB, mais provável é que sequer chegasse ao Palácio Jaburu em 2014.
Qual o tropeço de Temer apontado por Noblat? Pois comenta este colunista de O Globo o seguinte enunciado proferido por Sua Excelência em encontro com empresários:
– De vez em quando há certa instabilidade institucional. Como não temos instituições muito sólidas, qualquer fatozinho abala as instituições. Então, o investidor fica assustado.
Pois para Noblat, nossas instituições são muito bem enraizadas. E seu argumento é que passamos por dois impeachments de presidentes sem que a casa caísse. Obviamente, ele esquece que mesmo aqueles que votaram a favor do impeachment da Dilma reconhecem que não havia crime de responsabilidade, de modo que nossas instituições são coisa muito maleável segundo os interesses momentâneos de um ou outro grupo.
E pior: desta vez Michel Temer tem razão. Seu apoio aos interesses privados de seu ministro-chefe do Gabinete Civil causaram espanto, já que elle veio para acabar com estes compadrios, com a corrupção, estabelecendo a moralidade na condução da coisa pública (e privada, obviamente) e prometendo mundos e fundos de desenvolvimento econômico. Não adianta ele dizer que sugeriu enviar a AGU a questão em função de posições distintas entre a delegacia regional baiana e a direção nacional do IPHAN. Se toda a vez que um órgão nacional contraditar parecer de suas regionais – que lhe são subordinadas – e isso for para a AGU, então a administração de qualquer setor num país continental será inviável. A sugestão de remessa a AGU, feita por Temer, não é sugestão, é ordem! E interferência indevida em processos com tramitação institucional prevista. Mais uma vez elle tem razão: não temos instituições muito sólidas.
Como Noblat termina seu texto dizendo que temos duas alternativas para chegar até 2018 (na verdade até janeiro de2 019): continuar com Temer ou eleger um presidente no Congresso, estou achando que os ratos estão abandonando o navio… mesmo ratos tão habituados a estar de joelhos com a boca perto do poder esperando suas graças e algum benefício para seus patrões e para si!
por João Wanderley Geraldi | nov 28, 2016 | Blog
Dizem que não há ex-fumante, apenas fumante que não está fumando. Como as consequências de ter fumado permanecem no organismo e em sua memória, isso pode ser verdade. Não sei. Agora, certamente é verdade que uma vez tucano, sempre tucano. Pode haver tucano arrependido, mas jamais não mais tucano.
Tucano de bico longo é um sujeito que nos idos da ditadura militar foram da oposição. Alguns foram até bastante revolucionários, pregando uma virada do país para a esquerda. José Serra, por exemplo, chegou a dar aulas de marxismo no Chile. O Senador Aloísio Nunes chegou a participar de modo mais direto na construção de um país mais justo. Há tucanos de carteirinha por herança, simplesmente. É o caso do menino Aécio, tão neto quanto ACM Neto. Herdeiro.
Em certo momento, os de bico longo deram uma quinada, seguindo o modelito Carlos Lacerda. Confessaram ante o altar do mercado. E para mostrar arrependimento profundo, como Lacerda, tornaram-se lacaios de bons serviços.
Com tanta vontade de servir, aliaram-se à direita (PFL, hoje DEM). Elegeram um presidente. Compraram a reeleição. Fizeram gato e sapato a serviço do mercado. Ao menos um deles, que não vinha de berço esplêndido, tornou-se rico.
No poder, atraíram para suas redes toda uma gama de burgueses endinheirados (os Jereissati, por exemplo), toda uma gama de “altos executivos” com MBA realizado nos EEUU (Armínio Fraga, por exemplo), toda uma arraia mais miúda composta por gulosos carreiristas no mundo dos negócios (gerentes em geral formados em Administração e também portadores de diplomas de MBA), no mundo da imprensa (Hélio Gaspari, por exemplo), no mundo das artes (Regina Duarte, por exemplo. Aqui não dá para dizer Alexandre Frota, pois seria uma afronta ao mundo artístico), no mundo da religião (obviamente leigos, como Geraldo Alkmin da Opus Dei).
Sei que usei aqui, na exemplificação, o que se chama de “semântica prototípica” chamando o melhor exemplo disponível. Entre o melhor exemplo e aqueles que ficam nas fronteiras de um conceito, há uma gama intermediária enorme. Esta foi arrebanhada pelos históricos e pelos prototípicos. E com isso o partido se tornou grande.
De repente, o castelo de areia começa a minguar porque o mercado acabou saturado de tanto serviço a seu favor. Paparicado em exagero, o mercado começou a ter indisposições estomacais.
E então tucanos recém-chegados revoaram. Dois deles mostram, no entanto, que a saudades do ninho é grande. Um deles foi para o PT, o tal Delcídio Amaral, e deu no que deu: um traíra que delata e afirma não ter provas, mas incrimina mesmo assim (para confirmarem, ouçam seu depoimento perante São Sérgio, um nome russo para desespero do juiz Moro). Outro vai para o PMDB, vira Secretário de Governo, torna-se ministro e grava conversa com seu patrão, o Excelentíssimo Senhor Presidente Usurpador.
Delcídio delata porque se viu encurralado. Acusa para se safar. E como na operação, acusação é sempre verdade, irá para o purgatório da tornozeleira, mas não para o inferno da cadeia. Marcelo Calero grava de caso pensado. Dois ex-tucanos que prestam serviços aos tucanato: um participando da destruição do PT; outro ajudando a realizar o sonho do golpe dentro do golpe para conduzir para a presidência algum membro do ninho (eles estão tão interessados nisso, que o partido não desiste da ação junto ao STF de cassação da chapa Dilma/Temer e continuam agindo lá, através de seus prepostos, como se não fossem membros do governo Temer).
Anunciada publicamente a gravação de Marcelo Calero, que voluntariamente a entregou à PF, estava feito o estrago. A crise bateu direto o presidente gravado. Não se sabe o que está na fita (é óbvio e ululante que Temer sabe!). Como a popularidade de Temer é baixa, as elucubrações não são nada favoráveis ao usurpador.
Saem a campo os defensores. Dizendo o que ninguém sabia: Temer agiu como republicano, aconselhando seu ex-ministro a encaminhar o processo a Advocacia Geral da União, setor para o qual devem ser encaminhadas todas as questões que mostram diferentes interpretações a propósito da gestão e condução da coisa pública.
Esta defesa confessa o crime: por que encaminhar a AGU uma questão que não envolve interesse público, mas interesse privado de um agora também já ex-ministro? Entre a defesa do interesse público, representado pelo parecer técnico da IPHAN e a defesa do interesse pessoal do futuro proprietário de um apartamento de uma construção embargada, há uma distância quilométrica para que republicanamente se pronuncie para dirimir a dúvida a ministra da AGU!
A decisão de Temer de “sugerir” o encaminhamento do quiproquó a outro órgão do governo, que não tem a função de dirimir questões entre interesses individuais de um ministro e o interesse público da preservação do patrimônio histórico, foi uma forma de pressão, queiram ou não os bajuladores de Temer.
Assim, presta o Sr. Marcelo Calero um serviço para afastar o PMDB da presidência… e abrir espaço para antigo companheiro de ninhada, sonho que Aécio não deixa de ter diariamente, acompanhado de perto por José Serra, mas sendo deixados para trás pelo jóquei Meirelles, que tem no seu encalço o ministro do partido, Gilmar Mentes que entrou no páreo. Neste aglomerado, poderá surgir em março um tertius. Como a política já ressuscitou Roberto Freire o tornando ministro, nada impede em ressuscitar defuntos vivos como FHC ou Nelson Jobim. E teremos novo presidente em mandato tampão. A guerra seguinte será em 2018.
por João Wanderley Geraldi | nov 27, 2016 | Blog
POESIA
Conto
De novo precisamos das fadas
dos gnomos
dos cavaleiros
da bruxa
e da princesa
para enfrentar a lógica
do cimento
esse guardião inerme
que nos protege
da natureza.
(Eliana Soares. Lápis-lazúli. Teresina:Halley, 2015)
MEMÓRIA
Os longos discursos de Fidel eram transmitidos diretamente de Havana. Jovens, acompanhávamos escondidos dos pais e da polícia. E torcíamos pela revolução cubana. E porque uma vez falei que “prefiro Fidel a Kennedy”, quase fui apedrejado numa série de conferências organizadas para “orientar” a juventude em meados dos anos 1960! Mas somente conheci Fidel Castro em sua visita à Unicamp, muitos anos depois, quando a URSS já nem existia e Cuba sofria ainda mais porque na divisão social do trabalho, pensando em termos internacionais, lhes cabia a produção de açúcar para todo o bloco socialista. Com o embarco norte-americano e com a queda da União Soviética, o povo cubano passou por maus momentos. A vinda de Fidel ao Brasil era uma tentativa de melhora nas relações bilaterais, tornada possível pelo governo petista.
por João Wanderley Geraldi | nov 26, 2016 | Blog
O ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, acabou dando uma de Juruna, o deputado indígena que andava sempre de gravador em punho para registrar palavras de branco, porque palavra de branco, branco esquece.
E gravou Geddell Vieira Lima, agora já ex-ministro mesmo tendo recebido no começo da semana todo o apoio incondicional do presidente Temer. Parece que agora, o Excelentíssimo Senhor Presidente – aquele que não levará desaforo para casa, no que faz bem, que Marcela não merece – está tomando do veneno que ele mesmo sempre fabricou: o fuxico. E quem é traíra merece ministro gravador de conversas…
Quem diria! Um ministro um tanto apagado, sem apoio na classe artística, que assumiu um ministério que o presidente queria extinguir. Pois justamente de onde não se esperava, vem o golpe de misericórdia num governo ilegítimo que sobe na crista da onda falsa de combate à corrupção, encarnada no herói nacional fajuto, o juiz de Curitiba, aquele que de fato está fazendo o trabalho solicitado pela matriz de destruir concorrentes das empresas norte-americanas, particularmente em obras no Oriente Médio.
Pois Marcelo Calero entrega voluntariamente à Polícia Federal as gravações que fez. Se fossem gravações contra qualquer petista, teriam grande valor para a investigação criminal. Como é gravação de ministro, registro da fala de seu superior, provavelmente será descartada enquanto prova jurídica. Mas isso já não importa: o estrago político está feito. Temer pode espernear, mandar assessores dizerem que agiu como estadista, pedindo o envio do assunto para a AGU (onde manda um aliado de Geddel).
Não se sabe o teor das gravações. Que o ex-ministro Geddel pressionou, não há dúvidas. Ele o reconheceu implicitamente quando nos meios de comunicação defendeu que em situação de crise deve se incentivar negócios… mesmo com riscos para o patrimônio cultural brasileiro.
Geddel já perdeu o apartamento. A obra não sairá do papel, depois deste escândalo todo, envolvendo o próprio presidente. Agora a crise está no gabinete de Temer. Que terá ele dito a Marcelo Calero? Não sei se algum dia saberemos… e se o que vier a ser “vazado” da PF não será precisamente o que interessa vazar, como sempre. Editada a fala, para garantir a continuidade do governo moralista e moralizante de cuecas que hoje dirige o executivo, saberemos apenas o que nos deixarem saber… Mas ficaremos com a pulga atrás da orelha, porque temos o dever de desconfiar necessariamente do que nos dirão.
Particularmente agora, em que tucanos de bicos longos vieram a público defender Temer. Aécio, aquele mesmo sempre delatado e jamais investigado, já disse que seu partido continuará apoiando Temer. O estadista de Higienópolis, fazendo biquinhos, veio à TV para dizer que Temer representa a ponte de que dispomos para a travessia do rio, e que sem esta ponte cairemos todos no rio… Como ele é sábio em suas analogias. Um pensamento brilhante ofusca todo repórter imbecilizado de nossa mídia! Ficam encantados. Aliás, estão sempre propensos a encantamentos quando o biquinho aparece: uma questão de servidão voluntária.
Mas o bom mesmo é ver o circo pegar fogo e ficar rindo do camarote! Bem feito! Temer merece um ministro traíra. Ele é traíra, e asinus asinum fricat. Os semelhantes se juntam e acabam produzindo provas contra o parceiro de ontem, inimigo de hoje.
Quero continuar a ouvir o silêncio das panelas, quero continuar a enxergar o verde-amarelo recôndito ao lar, recatado; quero continuar estranhando que haja uma INSTITUIÇÃO tão profundamente dona do país, que delegados da PF estejam nas redes sociais convocando para manifestações no dia 04 de dezembro contra o corrupto Parlamento de que se serviram para praticar o golpe do impeachment sem crime de responsabilidade. No primeiro domingo de dezembro haverá panelas e amarelos e bandeiras nas ruas.
Um político ingênuo – existe isso em Brasília? – não entenderá, afinal o golpe foi dado para anistiar a todos e parar com esta sangria! Os batedores de panela e até mesmo o santo juiz de Curitiba vão ter que reconhecer: a liberdade de investigar a corrupção era garantida precisamente pelo governo que eles tanto quiseram afastar. Bem feito mais uma vez!
E quero mesmo que o circo pegue fogo. Assisto de camarote. E o Nero são eles mesmos… Roma arde… aqui ardem outras coisas, das partes baixas de políticos corruptos que estão embasbacados e enrascados com o que fizeram “pelo bem da mãe, do tio, da avó, da mulher, do filho, do enteado” como foram os votos da ridícula sessão da Câmara no último abril, o mês que abre com o dia da mentira e que deu seu espetáculo notável dia 17.04.16. Mais um bem feito!
Kkkkkkkkkkkkkkkk sem dó nem piedade. Apareçam paneleiros de corpos esculpidos nas academias. Batam panelas. O MBL os protegerá, já que se transformou em milícia…
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