O Estadão, a PF, e o factoide

 

Publica o Estadão uma reportagem levantando a lebre: a empresa LFT recebeu propina por lobby ou compra de MP aprovada no Congresso em 2009, prorrogando incentivos à indústria automobilística no contexto da crise internacional provocada pelos beneméritos banqueiros.

A LFT foi fundada pelo filho de Lula em 2011, uma empresa de marketing. Em 2014 assina contrato de serviços com a Marcondes (ou coisa semelhante), de um grupo de lobistas. Publica o Estadão que o pagamento do contrato em 2014 refere-se à propina pela MP aprovada em 2009!!!!! Seria a primeira propina do mundo paga CINCO ANOS depois… A curiosa omissão de datas pelo Estadão (curiosa ou criminosa?) levou a LFT a prestar esclarecimentos que o jornal se recusou a publicar e por isso está sendo processado.

A PF, uma instituição policial cada vez mais conduzida pelos desejos de holofotes, pautada pelo jornal, cria nova etapa da operação Zelotes e sob os holofotes desejados da Globo faz suas buscas autorizadas por outra instituição pautada pelos mesmos holofotes e pela mesma imprensa, a justiça!

E assim vamos nós até que se abata o ex-presidente Lula. Todos já esqueceram do mesmo escândalo criado pelo factoide contra o irmão de Lula em 2007, numa acusação semelhante também falsa. Vavá, o irmão de Lula! Nem chegou a ser indiciado por falta de provas.

E a imprensa vai bem, obrigado, fazendo das suas para tentar sobreviver por serviços prestados aos interesses daqueles que querem porque querem assumir o poder porque se acham os eleitos, por Deus, não pelo voto.

Minha sugestão é que o PT deveria deixá-los assumirem logo para sangrar menos. Na próxima eleição o povo dará sua resposta a estes prepotentes cunhas, agripinos, álvaros, serras, neves, demos e coloridos bicos longos.

Pizolatto e o espetáculo global

 
Fomos brindados pela Globo com o espetáculo do retorno de Pizolatto ao país, para ser recolhido na Papuda.
 
Considero que todo aquele que praticou atos ilícitos deve pagar por isso. Infelizmente, neste país, somente um partido teve a coragem de deixar as instituições funcionarem, e por isso está sendo execrado pela mídia e em consequência por parte do fanatismo e ódio que esta mesma mídia liberou e incentiva.
 
Na espetacularização da prisão de Pizolatto, com direito até a reportagem dentro do avião de carreira no retorno ao Brasil, seguido do aparato publicista da Globo, como se este retorno fosse um desagravo a nação desacatada, não faltou a vontade de criar uma comoção. Mas o todo-poderoso esforço da Globo não resultou no que queria.
 
Vamos acompanhar com cuidado qual será o veredicto do STF a propósito do outro diretor do Banco do Brasil que junto com Pizolatto assinou o contrato de marketing. Como se sabe o juiz soberano desmembrou o processo, e a denúncia contra este outro diretor, elevado ao cargo por FHC e nele mantido por Lula, segue em segredo de justiça, embora tenha vazado o documento apresentado por sua defesa que comprovava que os serviços de marketing contratados tinham sido realmente executados.
 
De modo que este documento, de conhecimento do relator-juiz era de seu conhecimento, e posto em segredo de justiça, e valerá somente para a defesa deste diretor, para os outros réus da ação penal ficou estabelecido que o contrato era fictício e que seus valores foram ia recursos públicos desviados que justificaram em parte as condenações feitas, e no caso de Pizolatto está foi a única “comprovação” de falta cometida.
 
E viva a espetacularização da justiça justa.

Netanyahu, premier israelense, um hitler revivido

Netanyahu diz que Hitler não queria exterminar judeus e que Holocausto foi sugestão palestina

Redação | São Paulo – 21/10/2015 – 09h20http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/42021/netanyahu+diz+que+hitler+nao+queria+exterminar+judeus+e+que+holocausto+foi+sugestao+palestina.shtml

Polêmica declaração foi dada durante 37º Congresso Sionista Mundial em Jerusalém, em meio a uma onda de violência entre israelenses e palestinos

Atualizada às 10h35

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quarta-feira (21/10) que Adolf Hitler foi influenciado a matar judeus pelo grão-mufti de Jerusalém Haj Amin al-Husseini. Segundo o chefe de governo, o plano inicial de Hitler era expulsar os judeus, mas ele teria mudado de ideia e teria sido convencido a exterminá-los após um encontro com o líder palestino.

A polêmica declaração foi dada durante o 37º Congresso Sionista Mundial em Jerusalém, em meio a uma onda de crescente violência entre israelenses e palestinos na Cisjordânia, em Gaza e em Israel, que já deixaram mais de 54 mortos, dos quais, 46 são palestinos.

“Hitler não queria exterminar os judeus naquele momento, ele queria expulsá-los. E Haj Amin al-Husseini foi até Hitler e disse: ‘se você expulsá-los, eles virão todos aqui [à Palestina]”, contou Netanyahu. Segundo o líder israelense, Hitler teria então perguntado: “o que eu deveria fazer com eles?” e o grão-mufti teria respondido: “queime-os”.

Em resposta, o secretário-geral da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), Saeb Erekat, afirmou nesta quarta que as declarações de Netanyahu são “moralmente indefensáveis e incendiárias”.

“Netanyahu odeia tanto os palestinos que está disposto a absolver a Hitler do assassinato de seis milhões de judeus”, disse Erekat, acrescentando que o premiê “deveria deixar de usar esta tragédia humana para ganhar pontos para seus objetivos políticos”.

O discurso de Netanyahu também gerou grande comoção e debate nas redes sociais e lembra outro episódio, em 2012, quando o premiê declarou no Knesset (Parlamento de Israel) que Husseini foi “um dos arquiteros que lideraram” o Holocausto.

Segundo o jornal israelense Haaretz, a hipótese de que o líder palestino fora o responsável por iniciar o extermínio de judeus na Europa já havia sido sugerida por alguns historiadores e pesquisadores do Holocausto, mas fora rejeitada pela maioria dos acadêmicos respeitados.

Além disso, mesmo os poucos escritores que levam em consideração o encontro de Husseini com Hitler — que ocorreu de fato em novembro de 1941 com Hitler — estes autores não conseguiram comprovar que a conversa descrita por Netanyahu é realmente verídica.

 
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O Dicionário do Diabo.

Atendendo pedido de leitora mais exigente: este é o terceiro post que faço de verbetes de El Diccionario del Diablo, de Ambrose Bierce, escritor e jornalista norte-americano dos fins do século XIX e começos do século XX. Tenho um exemplar na tradução em espanhol, presente que ganhei de meu amigo Jorge Larrosa, em Barcelona. Um dicionário irônico… Alguns de seus achados tenho compartilhado aqui, e continuarei a compartilhar. Lá vai o verbete de hoje:

opor-se, v. reflexivo. Ajudar apresentando obstáculos e objeções.

                                                     Que solitário aquele que crê rir-se

                                                     com alegres muchochos do sexo solene!

                                                     A rapidez, evite, homem simples,

                                                     somente os sérios e as tumbas acabam conquistando as injustas mulheres!

                                                                                                     Percy P. Orminder